sexta-feira, 1 de abril de 2011

REPORTAGEM DO JORNAL "A TRIBUNA" DE 01/04/2011

CAROS COMPANHEIROS, SEGUE ABAIXO, A REPORTAGEM SOBRE A HISTÓRIO DO NOSSO QUERIDO AMIGO E ETERNO PRESIDENTE LAURO ANTONINHO GOTARDI, PUBLICADA NO JORNAL A TRIBUNA DE 01/04/2011, NO CADERNO E-3 - SEÇÃO NOSSA GENTE.





Manuel Alves Fernandes

DA REDAÇÃO


LAURO, O CAIPIRA QUE SE TRANSFORMOU EM CAIÇARA

O advogado Lauro Antoninho Gottardi fez sua carreira nas unidades do Serviço Social da Indústria (Sesi) da região, chegando a diretor das unidades de Santos e de Cubatão. Em dezembro de 2010, finalmente decidiu dedicar-se ao "ócio com dignidade", aforismo latino de quem, na linguagem popular, vai viver apenas da aposentadoria. Recebeu diversas homenagem e despedidas por onde passou ­ tanto no Sesi, onde os alunos e frequentadores o conhecem apenas como Lauro, até ao Conselho do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), que integrava como representante do Sesi. Na semana passada, foi homenageado pelos integrantes do Painel Consultivo Comunitário. Ouviu palavras carinhosas de vários integrantes dessa instituição ­ que tem como objetivo a integração da Comunidade com a Indústria. Recebeu uma placa, registrando a sua participação na área educacional e esportiva da Cidade, entregue por Marco Paulo Penna Cabral e Raul Elias Pinto, respectivamente diretor e 1º vice-diretor do CiespCubatão. A homenagem contou com a participação de Suzy, sua esposa, e Vilma Cardoso, que o sucedeu na direção do Sesi de Cubatão. A placa marca o encerramento de grande parte da vida profissional de um dirigente que se dedicou à educação e ao esporte, dono de uma história edificante. Penúltimo de oito irmãos, é órfão de pai aos 16 anos. Os Gottardi descendentes de italianos do Vêneto, têm o nome ligado à história de Nova Aliança, cidade com menos de 9 mil habitantes que nasceu às margens do Ribeirão Borboleta. O patriarca Ângelo, que morreu em 1884, aos 45 anos, deixou viúva Giuseppa, aos 36 anos, com cinco filhos menores, entre eles Zeffiro, o mais velho, com 13 anos. Quatro anos depois, Giuseppa, acompanhada dos filhos, embarcou com destino ao Brasil, alojando-se na Hospedaria do Imigrante, no Brás, durante seis meses, até que conseguiram trabalhar na Fazenda São Luiz, em Pirassununga. Com o passar do tempo, os irmãos Gottardi venceram: tornaramse empreiteiros no plantio de café. "Minha mãe foi uma batalhadora que nos criou com muito esforço e muito amor". Lauro Antoninho Gottardi foi engraxate, entregador de leite, pão e jornais antes de se mudar para São José do Rio Preto. Com poucos recursos, teve a sorte de estudar em um colégio de padres, em São José do Rio Preto. Em São José trabalhou como repórter. "Comecei fazendo revisão em jornais já que, com base em quatro anos de estudo de Latim, conhecia bem a língua".

JORNALISMO ESPORTIVO

Também trabalhou em rádios e, mais tarde, iniciou carreira jornalística na área esportiva. "Tive como companheiros de trabalho o Amaury Júnior e o J. Hawilla, hoje dono da Trafic". Em maio de 1967, aos 22 anos, mudou-se para Santos, onde se radicou para ficar. Desceupara a Baixada, mantendo ainda resquício de sotaque de interiorano ­ que substituiria para uma calma que passa tranquilidade - em busca de melhores oportunidades de vida "Hoje me considero um caiçara (natural da Baixada Santista) que, até hoje, ainda mantém o sotaque caipira". Quando veio para a região a intenção era trabalhar em jornalismo. "Mas havia só dois jornais, A Tribuna e o Diário. Acabei indo para o Sesi". Candidatou-se a uma vaga no Sesi, que funcionava com várias atividades, entre elas uma rede de supermercados, na Rua João Pessoa. Passou no teste e foi trabalhar como auxiliar administrativo no escritório. Dois anos depois já chefiava o Departamento de Recursos Humanos. Formou-se em Direito pela Universidade Braz Cubas. Aposentou-se em 2004, mas foi recontratado e continuou no Sesi, acumulando a diretoria do Sesi de Santos (na Avenida Nossa Senhora de Fátima) e de Cubatão, no Jardim Casqueiro, com o falecimento da antiga diretora, Lya Perdiz. Depois, comnova divisão administrativa, passou a diretor do Centro de Atendimento ao Trabalhador Décio de Paula Leite Novaes, nome oficial do Sesi de Cubatão.

SEGUNDA APOSENTADORIA

A segunda aposentadoria veio neste ano, aos 66 anos. Deixa marcas notáveis no Sesi: obras de expansão, com novos ginásios e, em breve, um teatro com 500 lugares no Jardim Casqueiro. Durante a homenagem no painel comunitário teve o prazer de ouvir sua sucessora, Vilma Cardoso, o comunicado público de que uma auditoria da organização ligada à indústria, concluída em meados de março, aprovou integralmente o andamento das obras e a gestão de Lauro à frente do Sesi de Cubatão.

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